Ambientada nos quintais, igrejas e praças de comunidades quilombolas da Chapada Diamantina, a série de reportagem intitulada “Agricultura familiar e afro-vivências: memórias de quilombos da Chapada Diamantina”, é uma atividade laboratorial que se propõe a apresentar as particularidades, tanto da cultura e economia, quanto dos desafios e anseios que compõem as vivências dos povos tradicionais do território de identidade da Chapada Diamantina.
Do original Kilombo, termo do idioma Bantu, língua do conjunto de povos que habitavam a África Central nas regiões que hoje compreendem Angola, Congo, Gabão e Cabinda, quilombo significa local para descanso ou acampamento. Nos anos de colonização e escravidão no Brasil esses espaços foram adotados para fuga e segurança. Hoje, ser quilombola assume outras dimensões, as formações de quilombo são por motivos variados, como grupos que ocupam lugares idealizados para plantio, ou que habitam áreas urbanas, trazendo à tona as perspectivas dos quilombos modernos.
Todos os quilombos dessa série se organizam em espaços rurais, e têm suas vidas bastante relacionadas às culturas agrícolas que lhes garante subsistência e qualificação econômica. Produzida pelos estudantes Ana Novaes, Ana Paula Oliveira, Magno Novais, Taciere Santana e Taisla Cintra, com orientação da professora Juliana Almeida, conta com cinco episódios e perfila as visões de mundo de três das muitas comunidades espalhadas pela Chapada Diamantina. Foram elas: o Agreste e a Vazante localizadas em Seabra, e o quilombo do Mulungu, localizado na cidade de Boninal.
A reportagem em série sobre as comunidades quilombolas na Chapada Diamantina é de extrema importância para a região e para divulgação e compartilhamentos dos costumes. Ao explorar diferentes aspectos dessas populações, a reportagem busca valorizar e promover o conhecimento sobre a cultura e a luta desses povos. Através dos episódios, é possível compreender o significado de ser quilombola, as histórias e tradições dos grupos sociais, assim como os desafios enfrentados para manter sua identidade cultural.
Além disso, as matérias abordam a importância da educação para o fortalecimento das comunidades quilombolas, os desafios da agricultura familiar nessas regiões, os problemas e conflitos enfrentados pela coletividade, e o rico patrimônio cultural presente nessas comunidades. Com isso, a série de reportagens contribui para o reconhecimento e valorização desse corpo social, além de dar visibilidade às suas lutas e demandas.
Assista no canal do Youtube da TV UNEB Seabra: https://www.youtube.com/playlist?list=PL4KeTbo4vui6Z_ITLYXVGv2PlQwzdVdAr